sábado, 27 de outubro de 2007

LANÇAMENTO EDITORA VOZES



Tratado da Oração e da Meditação
Ricardo Gomes




O Tratado da oração e da meditação, de São Pedro de Alcântara, lançado pela Editora Vozes, foi vertido para quase todas as línguas européias, e até para os idiomas chinês, japonês e outros.




Para compreender S. Pedro de Alcântara é necessário situá-lo no contexto histórico do século XVI onde viveu. O Tratado da oração e da meditação, escrito com clareza e objetividade, traz as indicações que toda a pessoa orante deve saber para uma vida espiritual. A oração tem seu método, sua idéia, seu percurso, seu destino e agora, com estas breves lições, toda a prática que os grandes mestres ensinam.
O Tratado da oração e da meditação, de São Pedro de Alcântara, foi escrito no século XVI, na época da Reforma Protestante e do Concilio de Trento, que transformaram a estrutura eclesiástica e a doutrina da salvação, na Igreja Católica. Mas nesse período, surgiram uma diversidade de tratados de oração, onde a proposta principal era justamente implantar uma renovação espiritual, através da oração. Ficou celebre, os Exercícios Espirituais, de Santo Inácio de Loyola, fundador da Companhia de Jesus.
São Pedro de Alcântara escreveu o Tratado da oração e da meditação, no ano de 1556. nele percebe-se o conhecimento dos diversos graus da oração: a oração de fé, a conversação interior sem qualquer ruído de palavras, o sentimento da presença e do contato com Deus, sem qualquer imagem, sem nada sensível, como por meio de um sentimento especial, e finalmente, os diferentes graus de oração mística. As orações contidas no tratado permitem ao fiel comunicar-se com Deus pelo Espírito e unir-se a Ele no êxtase, no arrebatamento, em que a “alma é arrancada da terra”. Na verdade, a grande originalidade do tratado é a sua clareza e objetividade, que o tornam, assim, acessível a todas as pessoas, não importando sua formação cultural. Daí ter se tornado o breviário de oração de muitas gerações e conferido ao seu autor o titulo de “um dos maiores mestres na ciência da oração.”
O Papa Urbano VIII, ao baixar o decreto sobre a revisão dos escritos de São Pedro de Alcântara, na causa de sua santificação, entre os primeiros aprovou o Tratado da oração e da meditação, com aplauso de todos. Gregório XV, na verdade, depois de acuradissima repetida leitura dele, declarou: “Eficacíssima luz difundiu-se nele para levar as almas ao paraíso, porque a doutrina dele é celeste, e o Divino Espírito, que dirigia a pena deste santo, dá por toda parte singular indicio de sua presença”, e esse mesmo pontífice não hesitou em honrar o autor com o titulo de “Doutor” e de “Mestre iluminado em teologia mística”, e mandou pintar a imagem de S. Pedro de Alcântara com o Espírito Santo em forma de pomba a lhe instilar nos ouvidos quando escrevia.
Pedro de Alcântara nasceu em 1499, na cidade espanhola de Alcântara, perto da fronteira de Portugal. Seu pai, Pedro Ganavito, era de alta linhagem e juriscounsulto ilustre. Em 1515, com 16 anos, Pedro Garavito, entrou na Ordem de São Francisco de Assis. Sua vida é marcada por prodígios e o jovem passou seu noviciado no exercício da oração continua, praticando a mais dura austeridade.

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